E agora, José?
Parece que agora o ser humano está acreditando que o efeito estufa é real e já começa a provocar estragos climáticos e alterar bruscamente todo o ecossistema.
As geleiras, aos poucos, vão derretendo, destruindo a visão diferenciada dos pólos Ártico e Antártico. As mudanças envolvem a antecipação do início da primavera, além do que ocorre com as espécies bem adaptadas ao frio, como os pingüins-imperadores, que já caíram de 300 casais reprodutores para apenas nove na parte oeste da Península Antártica.
Entretanto, não precisamos ir tão longe para verificar as alterações pelas quais a Terra vem sofrendo. Algumas praias paulistas já temem ter que mudar seus quiosques para os calçadões porque o mar está cada vez mais próximo dos calçadões, deixando cada vez menos lugar ao sol para os banhistas que vão aproveitar suas férias ou finais de semana.
É o temido aquecimento global que já chegou. E agora José? Dá para voltar atrás com tudo isso acontecendo?
Pesquisas mostram que muito em breve populações de cidades inteiras podem ter que procurar abrigo em montanhas, porque cidades vão virar parte dos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico.
As autoridades chinesas já prometeram estar 100% comprometidas em tentar desacelerar o aquecimento global, já que a China é considerada uma das principais responsáveis pelo aquecimento global de acordo com último relatório divulgado.
O problema é que a natureza não reorganizar seus ecossistemas tão rápido quanto o homem tem feito a temperatura do planeta subir. A emissão de CO2 (dióxido de carbono) é marca de nossa era industrial.
Imaginem espécies de animais inteiras desaparecendo porque não conseguem viver num ambiente com características tão diferenciadas, num cenário que deve se formar em breve e sem pedir licença.
Se bem que não poderíamos exigir que a natureza nos peça licença para se manifestar como vem se manifestando. Afinal, algum de nós pediu licença para começar a destruí-la? Parece que em todos os casos o dinheiro sempre falou mais alto.
E não temos outra saída. Teremos que criar formas de adaptação a este novo cenário e procurar, assim como os chineses, formas diferentes de habitar o mundo e desacelerar seu ritmo de destruição. Ou faremos guerras e mais guerras para poder usufruir dos recursos que ainda nos restam, ou esta, de fato, pode ser a única chance de promovermos um processo de paz rumo a melhorias.
Enfim, o que parecia tão longe de nós agora chegou. E segundo estudos, a água em Tietê, dentro de dez anos, deve ser escassa. E agora, José?
“ O aquecimento global pode se tornar o nosso maior processo de paz.”
Elisabet Sahtouris Ph.D. - bióloga evolucionista
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
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Um comentário:
Que imenso prazer ser o primeiro a comentar neste cantinho! Olha, eu já comecei a estocar cerveja em casa, tanto pro caso de faltar água quanto pra me refrescar das altas temperaturas. Beijos
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